O número de pedidos de falência no país cresceu 12,2% em 2016, porém, menos que o registrado em 2015, quando a taxa foi de 16,4%.
É o segundo ano consecutivo com uma alta de dois dígitos, algo inédito desde que a série histórica foi iniciada pelo SCPC Boa Vista, em 2006.
“É uma diferença pequena do nível observado em 2015 e bem distante de 2013 e 2014, quando houve uma estagnação. A situação é um retrato da trajetória econômica recente do país”, diz Yan Cattani, economista do Boa Vista.
Também houve crescimento nas falências decretadas (14,7%) e nos pedidos de recuperação judicial (49,4%).
O maior número de pedidos de falência em 2016 aconteceu no setor de serviços: 39%.
O crescimento mais significativo, no entanto, aconteceu entre as indústrias, responsáveis por 37% dos requerimentos. O aumento foi de 14,2%, na comparação com 2015.
O quadro atual é grave, mas os primeiros sinais positivos começaram a surgir no fim de 2016, quando houve um princípio de desaceleração, afirma Cattani.
“A perspectiva é positiva. A inflação mais baixa, a queda na taxa de juros e a melhora gradual do consumo das famílias deverão melhorar a capacidade de pagamento das empresas.”
A estimativa é que o número de pedidos pare de crescer em 2017, fato que já seria considerado positivo, afirma o economista.
Fonte: Folha de S.Paulo