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MPEs investem em gestão financeira e buscam parcelamento de dívidas

Mutirão da Renegociação ocorre em todo o país e inclui débitos tributários, bancários e imobiliários

Para muitas empresas que operam no vermelho, cortar gastos já não é mais suficiente. Com o início do ano e o agravamento da crise econômica, muitos empresários precisam repensar a gestão financeira de seus negócios. Reduzir o endividamento e poupar recursos será essencial para permanecer no mercado em 2017. Para auxiliar no planejamento e viabilizar a regularização de débitos, a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon) e o Sebrae realizam o Mutirão da Renegociação.

E o primeiro passo para tentar solucionar problemas financeiros é compreender o que causou o endividamento. “É preciso construir um diagnóstico para identificar se os débitos são bancários, tributários, previdenciários ou de outra origem, para somente então buscar soluções”, destaca o presidente da Fenacon, Mario Elmir Berti.

Depois disso, no caso das Micro e Pequenas Empresas, o parcelamento tem se mostrado uma boa saída. Com a regulamentação do novo Supersimples, feita em dezembro de 2016, o prazo para pagamento de débitos com o governo dobrou, passando de 60 para 120 meses. “Por meio do Mutirão da Renegociação, muitas MPEs estão conseguindo recuperar crédito e evitar a exclusão do Simples Nacional devido à inadimplência”, explica o presidente do Sescon Goiás, Francisco Lopes.

Os pedidos de parcelamento podem ser feitos até 10 de março pelo site da Receita Federal do Brasil, mas Francisco Lopes recomenda que a adesão seja efetuada ainda em janeiro. “Regularizando a situação até o dia 31 deste mês, as empresas que eventualmente tenham sido excluídas do Simples conseguem solicitar nova inclusão no regime”, explica o presidente do Sescon Goiás. O valor mínimo das parcelas é de R$ 300 e as prestações serão corrigidas pela Selic.

Outros débitos

O Mutirão da Renegociação contempla ainda dívidas bancárias e imobiliárias, conforme explica o diretor político-parlamentar da Fenacon, Valdir Pietrobon. “Muitos bancos estão dispostos a oferecer melhores condições de pagamento. O mesmo vale para os proprietários de imóveis. Mas, nesses casos, tudo depende de negociação individual e os profissionais contábeis estão à disposição para auxiliar nessa tarefa”.

Antes de iniciar a negociação, no entanto, é preciso levantar qual valor pode ser comprometido mensalmente com os refinanciamentos. “Verificando quanto sobra de capital de giro ao mês, conseguimos direcionar percentuais diferentes para as dívidas bancárias, tributárias e aluguéis imobiliários, e evitar que a saúde financeira da empresa seja prejudicada ainda mais”, destaca Lopes. Mais informações sobre o Mutirão podem ser obtidas no site da Fenacon (www.fenacon.org.br).

Fonte: Fenacon / MidiaCult

 

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