Antonio Reis é Professor de cursos de Pós Graduação nas faculdades UNIME, CAIRU e UNIRUY WYDEN , Perito e Auditor Contábil, Consultor Tributário, Diretor SESCAP/BA, Membro da ABAPE, Palestrante e Empresário Contábil.
PRECISAMOS MUDAR, PELO AMOR OU PELA DOR
Em tempos de COVID 19, (😷) na labuta contra um inimigo invisível, não há novidade em falarmos sobre mudanças. Estamos aprendendo pelo amor e também pela dor a nos adaptar ou readaptar a novos conceitos, situações, posturas, métodos, aceitando e encarando novos desafios, modificando e ou fortalecendo crenças.
No contexto da profissão contábil, sem dúvida alguma, é verossímil esta afirmação e podemos observar e acredito que você meu caro leitor irá concordar, é uma das profissões que mais vem passando por mutação.
Reforma da previdência social, reforma trabalhista, Lei da liberdade econômica, futuras e necessárias reformas no CTN que já se fazem necessárias a décadas, deverá vir (roguemos que venha!) ainda neste governo, entre outras ações que impactam diretamente a atividade empresarial e pessoal, e por consequência, o labor contábil, são outros contemporâneos exemplos e tudo com uso de mais e mais tecnologia. A nossa forma de trabalho, modificou e está em constante mudança. ( 😉)
Surgiram aplicativos para quase tudo, declarações ao FISCO on-line, documentos com assinatura de certificados digitais, CPF com CNH Digital, QRCOD, Processos digitais com download ou upload de documentos, notificações on-line, chat, lives ao vivo….etc…etc… são temas usuais e palavreados cada dia mais constantes em nossa labuta profissional e pessoal.
Uma perícia contábil judicial, por exemplo, pode ocorrer da nomeação à entrega do laudo ou parecer, sem que o perito sequer saia de sua casa. Tudo isto é uma realidade. É nossa realidade contador!( 👍)
Daí vem a reflexão: Se não estamos mudando pelo amor, teremos que sim mudar pela dor. Somos forçados, muitas vezes, a nos moldar gostando ou não de tais mudanças, um mundo novo, se renova, o tempo todo; e você aí tá se adaptando? Tá conectado para acompanhar? (🤔)
Não podemos nos furtar em ficar de fora dessas transformações constantes, “A mente é como um paraquedas… Para funcionar temos que abri-la*.” coloque sua mente à disposição das mudanças e mude com ela. Deixe que ela seja “uma metamorfose ambulante * *” e não tema em mudar, em si deixar mudar, em dá exemplo para que os outros mudem, seja grato pela possibilidade de mudar.
Mas o que ainda falta para o profissional contábil encontrar-se mais presente em meio a tantas mudanças? Por quê somos tão pouco notados pela sociedade? Por que há pouquíssima inserção nossa nos meios de comunicação de massa? (😰)
Por que temos pouca força e representação política? Por que não somos chamados em entrevistas jornalísticas mesmo quando a controversa da matéria jornalística tem a ver com finanças, patrimônio, tributos, saúde empresarial ou pessoal? Precisamos mudar isto também! Não temos gabarito técnico e ou cientifico para orientar ou opinar à sociedade para estas mudanças tão evidentes? (🤷♂️)
O que acontecerá com as pequenas e médias empresas nos próximos meses após pandemia? Como gerir o caixa, como obter recursos para investimentos, como mensurar as perdas e prejuízos causados por essa pandemia? Que estratégias estes negócios irão precisar ter e como o governo pode e deve ajudar?
Tenho certeza que fazemos parte de toda esta engrenagem e temos muito a contribuir, para responder várias destas questões e trazer inclusive, algumas soluções. (🗣️)
As indagações acima, não são meramente filosóficas, as respostas advindas destes questionamentos podem ser fruto do trabalho do contador e que terá repercussão de grande valia para toda a sociedade.
Contudo para que isto aconteça, precisamos mudar em outro campo. Carecemos urgentemente MUDAR este cenário. Exigir das entidades que nos representam do mesmo modo, mudança, ação, fazer valer nossa voz, ações que mostrem a importância que temos e somos para Governos e Sociedade. Afinal somamos mais de 520.000 (quinhentos e vinte mil profissionais ativos no Brasil e mais de 67.000 (sessenta e sete mil) empresas contábeis devidamente registradas nos Conselhos). * * * *
Eu devo ser a transformação que eu quero ver no mundo * * * devemos parar de imaginar que o mundo ou que os outros irão mudar pra nos aceitar. A mudança a que me refiro vai muito além das mudanças tecnológicas, estas não têm volta e são de fora pra dentro, se ficarmos parados elas nos atropelam, mas ainda mais profunda é a mudança comportamental, postural, ética, moral e espiritual (não necessariamente religiosa). (👀)
Entendo que precisamos ocupar ainda mais o espaço e o lugar que é nosso, para cada dia igualmente, fazermos parte desta engrenagem que falei acima.
Nem mesmo nos dias em que se comemora o dia do contador a gente se vê dignamente referenciados, representados e lembrados; alguém já viu uma homenagem Nacional em horário nobre de TV e RÁDIO parabenizando o dia do CONTABILISTA? E olha que temos duas datas no calendário, (até isso somos dúbios). 🤩
Pelo amor que temos por nossa profissão, não podemos sentir dor em colocá-la em prática todos os dias, brado assim por uma reflexão altiva de todos nós e também mais ação. As associações como ABAPE e Sindicatos como SESCAP e todo o sistema FENACON são bons exemplos de entidades que com todas as dificuldades e limitações impostas a nossa classe, lutam constantemente por essa mudança, e tem conseguido, em algumas frentes, se fazer ouvir e propor mudanças, deixo aqui a reflexão aos meus pares entendendo que precisamos fortalecer ainda mais os sindicatos e associações. (🤼♀️)
Notas de repudio são ações muito minimalistas, muito pequenas e acanhadas em relação a uma classe tão grandiosa como a nossa! (#vamosmudarcontadores)
*frase atribuída ao gênio Albert Einstein
* * letra de Raul Seixas
* * * Leandro Carnal (trecho palestra web)
* * * * fonte CFC https://cfc.org.br/noticias/campanha-do-dia-do-profissional-da-contabilidade-2018/attachment/post-quantos-somos/